Voltando ao GNOME

Como comentado anteriormente, estou utilizando o GNOME (ativamente desde 2017). Neste momento estou utilizando a versão 3.26 (aguardando ansiosamente a versão 3.28). Neste texto comento os motivos que me fizeram adotar este Ambiente Desktop.

De forma bem particular e simplista, dividirei este texto em três pontos: produtividade, facilidade e comunidade. Sou um usuário de GNU/Linux deste 2004 e nestes anos eu já passei por diversas distribuições e junto delas uma miríade de ambientes desktops ou gerenciadores de janelas. Tentando me lembrar de cabeça, posso listar: Xfce, Window Maker, Fluxbox, Blackbox, KDE, Awesome, DWM, i3, Unity e o próprio GNOME. Antes de continuar, para facilitar a leitura/escrita, vou atribuir tanto os “ambientes desktop”, quanto os “gerenciadores de janela”, como “gerenciadores de janela”.

Em 2007 eu usava o window maker

Produtividade

De 2015 para cá eu senti a necessidade de ir um pouco além com os meus gerenciadores de janela. Caindo um pouco na buzzword “produtividade”, eu buscava um gerenciador que me permitisse uma maior adaptabilidade às minhas ações no computador. Neste quesito a abordagem “Tilling Window Manager” (TWM) é ótima. Tive ótimas experiências utilizando o i3, mas ele batia diretamente no ponto da facilidade (volto mais abaixo).

O GNOME Shell consegue me entregar uma experiência muito próxima do TWM, basta utilizar os atalhos (meta + seta esquerda, meta + seta direita) para uma experiência parecida com o TWM. Inclusive o GNOME, em breve virá com opção de dividir a tela em quatro partes.

Uma outra coisa que me agrada bastante no GNOME é a sua concepção de janelas, principalmente a possibilidade de se ter áreas de trabalho dinâmicas. Isso se encaixa muito bem no meu fluxo de trabalho (utilizo cada workspace para determinada atividade). Isto tudo de forma bastante estável.

Facilidade

Gosto bastante da abordagem TWM, mas sempre perdi muito tempo em suas configurações. Coisas simples como colocar um medidor de bateria implica em pesquisa e alterações em arquivos de configurações. Isto não é uma coisa ruim, caso você queira saber a fundo como o seu gerenciador de janelas funciona. Mas eu estava com um mestrado em andamento e buscando coisas bem “mastigadas”.

em 2017 experimentando TWM. Este é o Awesome

Em suma, queria instalar um gerenciador que estivesse pronto para ser usado com configurações mínimas e o GNOME me entrega isso. Com facilidade consigo exportar as minhas configurações e, em uma nova instalação, importá-las.

Comunidade

Este ponto, para mim, pesa muito! Eu gosto bastante de conversar sobre FLOSS e na comunidade do GNOME encontrei ótimas pessoas, principalmente brasileiros. E não são somente usuários, mas são desenvolvedores também.

Acho fantástico poder conversar com os desenvolvedores sobre os softwares que estão trabalhando. Em uma conversa informal surge uma melhoria ou uma correção de bug. Este ponto é interessante pois em outros lugares não notei tanta abertura. Resumidamente: a comunidade do GNOME é bastante ativa e atenciosa.

Bom. São esses pontos que pesam na minha utilização do GNOME e que, inclusive, me levaram a contribuir com o projeto. Sobre as minhas contribuições, escrevo em outro post.